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Desnutrição afecta 40 por cento de crianças moçambicanas


Situação não se alterou desde 2008

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) diz que a mudança comportamental é a melhor forma de combater a desnutrução crónica que afecta mais de 40 por cento da população moçambicana.

Desnutrição afecta 40 por cento de crianças moçambicanas
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Cerca de 43 por cento das crianças moçambicanas até 5 anos de idade sofrem de desnutrição crónica, número que revela não ter havido qualquer progresso na luta contra a desnutrição desde 2008.

Michel Le Pechaux, do Unicef, revela que esta realidade deve-se à falta de harmonia na comunicação para a mudança comportamental.

"Sabemos que esta mudança de comportamento pode trazer grandes resultados, fala-se de um impacto que pode reduzir até 17% a desnutrição crónica, mas o que é importante é que todos juntos tenham mensagens harmonizadas e repetidas", disse Le Pechaux.

Todos os anos, um valor estimado em 16 mil milhões de meticais é desperdiçado em Moçambique devido à malnutrição por causa da perda de produtividade.

Isabel Trindade, do Secretariado Técnico de Segurança Alimentar e Nutrição, aponta a advocacia junto dos decisores políticos como saída para inverter o cenário.

"Sabemos que esta acção é necessária mas deve ser complementada, ao nível comunitário e a outros níveis para a sensibilização que levamos a cabo desde 2015, uma acção de sensibilização", disse Trindade.

O Plano Estratégico do País desenhado em coordenação com o Programa Mundial de Alimentos está orçado em 167 milhões de dólares americanos está alinhadocom a Agenda de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas para o ano 2030.

Esta, no entanto, é uma batalha dura, segundo dados do Ministério da Saúde.

Estima-se que cada dólar americano investido na nutrição de uma criança resulta num retorno de 138 dólares americanos em termos de melhorias na saúde, educação e aumento da produtividade.

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